“Público organizacional” nada mais é do que a extensa e complexa gama de entidades ou partes que possuem algum tipo de relação com a empresa. Trata-se de um dos conceitos-chave nos estudos da comunicação organizacional, levando-se em consideração que, na perspectiva empresarial, a comunicação passa a ser muito mais dirigida e programada em função das características e necessidades de cada parte com que a empresa se relaciona.
Podem, segundo Cesca (1994), pertencer a três categorias:
- público interno: formado por aqueles que atuam no âmbito da empresa, como colaboradores e, por extensão, suas famílias;
- público externo: formado por aqueles que não atuam no âmbito da empresa, mas têm algum tipo de ligação com ela, como imprensa, comunidade, poderes públicos, concorrentes;
- público misto: formado por aqueles que não atuam no âmbito da empresa, mas têm ligações com elas, como revendedores, distribuidores, fornecedores e acionistas, entre outros.
Em uma outra classificação acerca dos públicos empresariais, França (1997) indica que a melhor divisão de públicos acontece por meio do critério lógico da inter-relação com a empresa, gerando quatro categorias de público:
- essenciais: governo, autoridades, instituições financeiras, acionistas, diretorias e conselhos de administração – que seriam constitutivos - empregados, fornecedores, clientes, revendedores, distribuidores – na categoria de não constitutivos ou de sustentação;
- não essenciais: consultorias, imprensa, líderes de opinião, associações de classe, sindicatos, dentre outros;
- concorrentes: diretos, indiretos, nacionais e estrangeiros;
- internacionais: autoridades e representações estrangeiras, organismos internacionais.
Certamente, as formas de falar com cada um destes grupos é diferente. Inclusive dentro de cada grupo a maneira com que a empresa se relaciona com um ou outro é muito diversa. Porém, de qualquer forma, é importante atentar para a importância da comunicação empresarial possuir bases sólidas e refletir as verdades sobre a empresa. Ou seja, que o discurso reflita as práticas e vice-versa. Este tipo de alinhamento é fundamental para a geração de sinergia no seu processo de construção de imagem e para a construção de uma imagem organizacional positiva de forma geral.
Fontes:
CESCA, Cleuza G. G. Comunicação dirigida escrita na empresa - teoria e prática. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
FRANÇA, Fábio. Comunicação Institucional na era da qualidade total. São Paulo: ECA/USP, 1997.
COSTA, A. J. L; CURVELLO, J.J.A; CARVALHO, H.A. O uso de email na comunicação com os empregados: caso do boletim executivo do Banco do Brasil. Anais SBPC, 2002.